Numa conversa de boteco, numa rodada de conversa fiada, eis que surge mais um tema universalmente conhecido. Dieta. Não somos uma turma de modelos, nem viciados em academias, orgânicos e natureza. Somos uma turma de 30 e poucos, sem filhos, com empregos que pagam pequenos luxos, ávidos por férias e cansados da rotina do dia-a-dia. Não almejamos o estrelato, não conhecemos pessoas influentes, não ganhamos ingressos para festas promocionais. Se fossemos retratados em um filme, seríamos aquela turma de Melinda & Melinda. Somos o meio termo. Bonitinhos, simpáticos e levemente boêmios. Tenho que admitir que descrevendo assim, até eu não entendo porque diabos a gente (pelo menos a ala feminina) quer tanto emagrecer. Não vamos trocar os maridos, não vamos ganhar um papel, nossas carreiras não dependem de aparência física. A gente podia estar sorrindo e bebendo mais, inclusive.
Mas não é assim que acontece. Todas queremos calças brancas da Diesel, bundas pequenas, rostos levemente abatidos, braços finos e a alegria de acordar, tomar banho e vestir aquele jeans pequenininho, que mesmo duro da lavagem, fecha graciosamente em nossas cinturinhas. Depois ir ao trabalho, trabalhar pouco, almoçar uma boa comida, com um bom vinho. Sair de lá diretamente para um chopp geladíssimo com os amigos. Um docinho depois do almoço, uma sobremesinha depois do jantar e um nescau com misto no café da manhã.
Sonho de quem vive o pesadelo. Porque dieta é pesadelo. E não me venham dizer que não fazem dieta, ou que fazem e comem de tudo ou que pior...se reeducaram. Se fosse assim, ninguém engordava de novo, não é mesmo? O negócio é encarar a realidade cruel. Dieta sucks. Period. E chegar ao shape dos sonhos é um caminho árduo e cansativo. E nem dá pra tomar uma cervejinha pra relaxar.